segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Antroposofia na Revista Isto É

O artigo apenas lança uma nuance para reflexão sobre o que são nossas crenças pessoais e nossa vida social, sobre a integração desses aspectos que nos constituem, sobre levar nossa prática de yoga do mat para a vida, e isso sim é yoga!
Marie

O trabalho sob outro prisma

Baseada em conceitos como autoconhecimento, tempo e liberdade, há uma filosofia que ganha cada vez mais adeptos no mundo profissional, indo na contramão da pressa exigida pelo mercado

Débora Rubin
 
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RAMO
A consultora Viviane Rocha: tese sobre administração
antroposófica, e o arquiteto Michael Moesh
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A máxima dominante no mundo profissional de que o mercado é acelerado, intransigente e ultracompetitivo não encontra eco em um grupo cada vez mais crescente no Brasil: os profissionais antroposóficos. São professores, médicos, arquitetos, agricultores, administradores, entre outros, que compartilham a mesma visão de mundo. Para eles, a busca do autoconhecimento, a integração com o ambiente de trabalho e o entendimento sobre o outro, seja um colega, seja um cliente, são apenas alguns dos alicerces do dia a dia. Para esse grupo, não basta produzir, é preciso haver um sentido em tudo o que se faz. A antroposofia é um conceito criado pelo filósofo e educador austríaco Rudolf Steiner (1861-1925) no século passado, que engloba diversas áreas. É denominada uma ciência espiritualista, embora não seja religiosa. No Brasil, é conhecida especialmente por causa da pedagogia Waldorf – adotada por 53 escolas, que prega o “aprender fazendo” e trabalha o agir, o sentir e o pensar em todas as aulas – e também pela medicina antroposófica, que leva em consideração não só os sintomas físicos, mas os aspectos emocionais e espirituais do paciente.
A novidade é que cada vez mais profissionais de outras áreas têm adotado a antroposofia. É o caso da consultora comercial Viviane Rocha, que se apaixonou pelo tema após ir trabalhar na Weleda, empresa farmacêutica que segue essa linha. Em seu contato diário com os franqueados, ela faz questão de aplicar os conceitos plantados por Steiner. Ouvir o outro com atenção, entender sua dinâmica e buscar as soluções individuais. “Vamos um pouco na contramão do que acontece hoje no mercado corporativo, que não espera nada nem ninguém”, acredita Viviane. O resultado, diz ela, é mais preciso. Seu interesse pelo tema cresceu tanto que ela decidiu fazer mestrado em administração antroposófica. Outra tendência são as consultorias que usam os preceitos da filosofia para treinar líderes, coaching e projetos de desenvolvimento dentro de grandes empresas, caso do Instituto EcoSocial, que atende Sadia, Odebrecht e Itaú, entre outros.
Na arquitetura, o Brasil ainda dá os primeiros passos. Segundo o arquiteto Michael Emil Moesh, formado na Holanda, a chamada arquitetura orgânica ainda cheira a novidade como termo. Suas diretrizes, no entanto, são bem difundidas atualmente, como integração de ambientes, utilização de recursos naturais e sustentáveis e a consideração pelo modelo de vida do morador, pelas suas ideias e atividade profissional. “Hoje isso soa moderno, mas foi idealizado por Rudolf Steiner há quase um século”, diz Moesh. O próprio Steiner foi arquiteto. É dele o projeto do Goethenum, em Dornach, na Suíça, considerado o centro antroposófico do mundo e onde, na semana passada, foi dada a largada para as comemorações pelos 150 anos do nascimento do filósofo austríaco.
“Os valores dessa ciência estão espalhados hoje em todos os setores da sociedade. Muitas vezes uma pessoa vive de acordo com eles sem saber que é antroposofia”, diz o filósofo Carlos Maranhão, da Editora Antroposófica. Para ele, as pessoas estão um pouco cansadas das respostas puramente materialistas, que já não dão conta dos anseios modernos. Daí a busca por uma compreensão maior do lado espiritual. O advogado André Hatoun passou anos separando sua simpatia pela antroposofia da vida profissional. “Achava que o direito e uma ciência espiritual eram conflitantes”, explica. Até perceber que podia adotar uma postura mais condizente com seus ideais também no escritório. Hoje, ele tenta ir além do problema levado pelo cliente, busca entender seu modelo de vida, sua forma de pensar e seu lado espiritual. “Agora consigo ver minha profissão como uma missão.”

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VARIEDADE
Da esq. para a dir: a agrônoma Andrea, a terapeuta Leila,
o filósofo Carlos, a terapeuta Elizabeth e a médica Ana Paula


Fonte:

Revista Isto É
Comportamento
|  N° Edição:  2139 |  05.Nov.10 - 21:00 |  Atualizado em 08.Nov.10 - 15:35 

3 comentários:

  1. Bem interessante o tema. Alguns diretores e gerentes de empresas nacionais deveriam rever seus conceitos de gestão, pois tem como premissa o " Coagir para obter ação", principalmente quando estão sob pressão.
    brother53.blogspot.com

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  2. Onde posso fazer o mestrado em antroposofia?

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  3. Acredito que estamos no caminho para uma gestão sustentável, que inclui sua sugestão (Blog Brother53). Enquanto isso seguimos olhando para nós e direcionando nossas ações nesse sentido. Acho que assim a roda começa a girar.

    Sobre a pergunta seguinte a respeito do mestrado, no site da antroposófica tem uma relação de teses sobre o tema Antroposofia. Talves procurar uma na área que lhe interessa e contatar o autor seja uma boa idéia (http://sab.org.br/teses/).

    Boa sorte para todos nós.

    Grata pelo contato.

    Marie

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Mahi é declinação da palavra em sânscrito Mahin, que traduz-se por terra, natureza.

Este nome representa e intensão em despertar a consciência quanto a nossa verdadeira natureza, tornando nossa ligação com a terra (elemento que nos conecta com a materialidade), ou com a Terra, mais efetiva.

Grata a Glória Arieira pelos ensinamentos e inspiração nesse trabalho, do nome ao coração dele.

Que o dhārma seja cumprido.

Bem vindos, namaste!
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