terça-feira, 12 de abril de 2011

YOGA E AUTONOMIA NO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA



A prática de Yoga pode ser considerada como uma das práticas alternativas, complementares e integrativas no campo da Saúde. A integração de tais práticas no campo da saúde coletiva é faz parte da agenda de prioridades da Organização Mundial da Saúde, especialmente desde a Conferência de Alma-Ata. A exploração do campo representado pela interação Yoga-Saúde Coletiva ainda não foi suficientemente realizada. Entre os pontos ainda não levantados como contribuições desta prática estaria o desenvolvimento do empoderamento dos usuários.

Este trabalho busca analisar as possibilidades do Yoga como uma prática de saúde capaz de produzir uma relação mais ativa do sujeito com seu processo saúde-doença. Através dele, procuramos verificar os pressupostos do uso dessa prática no sentido de desenvolver a autonomia do sujeito e estreitar sua comunicação com os agentes promotores de saúde e com seus familiares. Tal autonomia pode resultar de uma maior familiaridade com o próprio corpo e com o processo saúde-doença proporcionada pela prática de Yoga.

Utilizamos um levantamento bibliográfico de autores consagrados no âmbito do Yoga como principal fonte de nosso estudo, mesmo que este configure como um conjunto de práticas e não de um grupo de conhecimentos teóricos.

Como resultados, podemos apontar a possibilidade de aumento na consciência corporal dos praticantes, alterando a relação com a dor e outros sintomas, e assim com o tratamento. Isso afetaria positivamente a comunicação com agentes promotores de saúde e com a família, trazendo benefícios para o tratamento e prevenção. A melhora na consciência corporal contribuiria com a objetividade da comunicação entre sujeito e os profissionais de saúde, o que levaria a um diagnóstico e prognóstico mais precisos, além de despertar no paciente uma atitude menos passiva, desenvolvendo o empoderamento do mesmo diante do processo saúde-doença. No aspecto somático, o Yoga permitiria mudanças em cognições e comportamentos diante de adversidades, evitando a identificação do sujeito como doente, o que seria um fator determinante no processo saúde-doença, e na manutenção do funcionamento equilibrado dos sistemas orgânicos. A ampla abordagem do tema poderia levar a uma discussão quanto à formação d os profissionais habilitados a utilizar as práticas de Yoga, que tem como proposta integrar todos os aspectos do sujeito — e por isso, é sempre terapêutico. Ainda pela possibilidade de desenvolver uma maior autonomia do paciente quanto ao processo saúde-doença, o Yoga poderia gerar também uma discussão dentro das políticas públicas de saúde. Estas proposições podem ser avaliadas empiricamente no futuro.

Concluímos que a prática de Yoga, a partir de seus autores, pode colaborar na consciência sobre o processo saúde-doença do sujeito social, alterando a relação deste sujeito com seu próprio corpo e seus relacionamentos, produzindo empoderamento e contribuindo com a Saúde Coletiva. 


Apresentador:
Maria Renata Rotta Furlanetti - mfurlanetti@gmail.com

 


Autor(es):
> Maria Renata Furlanetti - Furlanetti, M. R. - Instrutora de Yoga
> Flavia Ribeiro - Ribeiro, F. - UFC
> Luís Fernando Tófoli - Tófoli, L.F. - UFC
 

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Mahi é declinação da palavra em sânscrito Mahin, que traduz-se por terra, natureza.

Este nome representa e intensão em despertar a consciência quanto a nossa verdadeira natureza, tornando nossa ligação com a terra (elemento que nos conecta com a materialidade), ou com a Terra, mais efetiva.

Grata a Glória Arieira pelos ensinamentos e inspiração nesse trabalho, do nome ao coração dele.

Que o dhārma seja cumprido.

Bem vindos, namaste!
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